Uma noite na fruteira
O nome “Júpiter Maçã” nunca me foi estranho mas só fui conhecer suas músicas em 2009, quando por um acaso do destino acabei em um show dele no já extinto Clube Berlim, na barra funda.
Foi amor à primeira vista! Músicas nada convencionais num show intimista, Júpiter tocando gaita, violão, bumbo e cantando letras malucas que vezes misturavam palavras rebuscadas com frases chulas, outras vezes francês com inglês ou apenas o sotaque de um ianque que acabou de aprender português.
Em dezembro recebi a triste notícia de seu falecimento. Não consigo expressar em palavras o amor que sinto pela loucura e genialidade desse homem, foi um verdadeiro choque perdê-lo prematuramente, aos 47 anos, sem nenhuma explicação plausível.
Como homenagem a esse grande gênio, numa madrugada fria da Virada Cultural 2016, tivemos um grande tributo ao Júpiter, reunindo artistas que conviveram com ele e que foram influenciados pela sua excentricidade como Rogério Skylab, Marcelo Gross, Beto Bruno, Wander Wilder entre outros. Posso garantir que foi algo maluco e excêntrico do jeito que ele gostaria que fosse.
Setlist:
- Síndrome de Pânico
- Ela sabe o que faz
- Walter Victor
- Casa de mamãe
- Little Raver
- Mademoiselle marchand
- Beatle George
- Eu e minha ex
- Essência Interior
- As tortas e as cucas
- O novo Namorado
- As outras que me querem
- Miss Lexotan 6mg garota
- …So You Leave The Hall
- Marchinha Psicótica de dr. Soup
- Lugar do Caralho
Quem não sabe quem é Flávio Basso a.k.a Júpiter Maçã, deve agora mesmo procurar Os Cascavelletes e apreciar o som. #fikadika
